quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Novidades Sonoras 1 - Jonas Sá

Você que lê este texto deve se lembrar de um anúncio de disco da Sol Livre veiculado na Rede Globo há alguns meses. Era um "2 em 1" onde, numa mesma propaganda, anunciava-se dois álbuns de artistas novos que chegavam ao grande mercado, através do selo 'Som Livre Apresenta'. Eram eles: Primadonna, uma banda de pop-rock, e um carioca chamado Jonas Sá.

Jonas Sá

Jonas Sá é um bom sopro de renovação na música pop do Brasil. Seu trabalho, artesanalmente concebido por 6 anos(!!!) flerta fortemente com a música de Lulu Santos em seus primeiros discos (mais do que a semelhança vocal), além de incorporar referências de Soul e Bossa, agregado a um quê de Beck (experimente ouvir Looking for Joy). Há ainda uma forte presença de elementos psicodélicos em seu trabalho. Um verdadeiro achado em meio a um hiato criativo que vem assolando a nossa música pop há mais de uma década, salvo honrosas exceções que aparecem vez ou outra. Cabe torcer para que o músico se firme no cenário da MPB. Talento e recomendações o cara tem, basta dar uma olhada lá no Myspace dele: [http://www.myspace.com/jonassah]. Aproveite e ouça as músicas!!

E você deve se lembrar dos trechos do clipe usados na propaganda, onde o músico aparecia enrolado num emaranhado de cabos de instrumentos e microfones. O clipe é da música 'Anormal', e você pode assisti-lo agora:

ANORMAL!!

Sobre Jonas Sá:

"Radicalmente pop, em todos os bons sentidos que a sigla pode abranger, inclusive a anormalidade — estranhamento, originalidade. Músicas como Anormal, Sayonara, Melhor Assim, que a gente não quer que acabem; que quando chegam ao refrão dá vontade de subir o volume, para além do dez, até aonde o botão não vai mais.(...)
De Jorge Ben a George Benson, de James a Carlinhos Brown, muitos são os ecos que Anormal desfralda, em estilhaços de referências — Mutantes, Lulu Santos, Los Hermanos, Beck, Gil — sem deixar de afirmar uma identidade própria na maneira de compor, no vigor do canto, na concepção inventiva dos arranjos. O disco de Jonas me faz lembrar a densidade dos discos de Cassiano, com suas muitas camadas de informação sonora, resolvidas em um projeto claro e audacioso. Exuberância concisa. Tudo aqui soa grande, sem ser grandiloquente. (...)
O Anormal de Jonas injeta vida nova no panorama da música pop que se faz no Brasil, no mundo, nas esferas."

Arnaldo Antunes