sábado, 27 de dezembro de 2008

O LOUCO

TENHO UM SONHO;
LOUCO, UM SONHO DOIDO;
LOUCURA É SONHAR;
SONHAR É VIVER.

EU, LOUCO: PRAZER.

(Roger W.)

"Você lembra? lembra?"

1983... Um especial do Roupa Nova na então recém-inaugurada TV Manchete traz uma beleza: logo de cara, uma interpretação a capella do clássico 'Sapato Velho' (repare no clima de improviso, com pessoas servindo refrigerantes durante a interpretação, rsrsrs). Depois ainda tem um playback de 'Anjo', mas o que vale é o primeiro momento do vídeo.

Boas Lembranças a você que viveu a época. Agora, se você é como eu e estava apenas chegando ao mundo nesse tempo, veja como as paradas populares eram, hum, digamos, mais honestas e decentes.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

O último fim de semana antes do Natal

Ruas, lojas e shoppings lotados. Correria. Ele pára e fala com um velho amigo de infância. Troca uma idéia a respeito de tudo e de todos. Dá um 'tchau', ou um 'valeu', seguido de um 'abração' e a dedicatória de boas festas. Mal são dados dois passos e quem aparece? Um colega da faculdade. Mais uma vez a parada em pleno centro nervoso da cidade é obrigatória, agora para falar acerca do primeiro ano como profissional de ambos, suas conquistas, suas frustrações. Conversam um pouco e logo se dão conta de que hoje fazem exatos 366 dias corridos desde a sua formatura - um ano, no caso específico deste 2008 que se despede, bissexto. Despede-se mantendo os votos dados ao amigo anterior e em seguida pára em frente a uma delicatessen, atraído por Cabernets suaves e Demi-secs. Enfim entra em uma loja especializada em vestuário jovem. Enquanto o olhar se perde entre camisas lindas e vendedoras idem, uma mão quente é sentida no braço: a ex-namorada, hoje uma grande amiga. Um beijo no rosto e um abraço apertado, milimetricamente sincronizados, e novamente as conversas que vão e vêm a respeito de tudo, como numa retrospectiva pessoal de ambos. "E aí, o que tem feito?", "namorando?", "E você?", eram a tônica do diálogo. Depois de uma breve conversa e de um desejo de 'Feliz Natal e Próspero Ano Novo', mais um beijo, mais um abraço, e ela vai comprar seus presentes, abordada por um vendedor da loja. Um sorriso meio amarelo e um olhar meio confuso lhe tomam a face, e rapidamente ele se volta ao que fazia olhando procupado o relógio: ainda há muito o que comprar, e já é quase hora de almoço.


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

domingo, 30 de novembro de 2008

Cantor fazendo sucesso em Teresópolis

Essa eu vi no http://badarts.blogspot.com, do Zimbrão, e por ser tão boa, tomei a liberdade de pegar pra colocar nesse humilde espaço. Créditos dados, eis o fenômeno da música:

O povo da Barra do Imbuí já conhece o repertório de cor...

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Não é o que parece - parte 1

Veja bem a foto. Mas veja mesmo, ok?

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Poesia concreta

ave
ave ave
ave ave ave
ave voo
voo
voo ave
voo ave ave
voo ave ave ave

ave vae
vae

Décio Pignatari



Augusto de Campos



quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Novidades Sonoras 1 - Jonas Sá

Você que lê este texto deve se lembrar de um anúncio de disco da Sol Livre veiculado na Rede Globo há alguns meses. Era um "2 em 1" onde, numa mesma propaganda, anunciava-se dois álbuns de artistas novos que chegavam ao grande mercado, através do selo 'Som Livre Apresenta'. Eram eles: Primadonna, uma banda de pop-rock, e um carioca chamado Jonas Sá.

Jonas Sá

Jonas Sá é um bom sopro de renovação na música pop do Brasil. Seu trabalho, artesanalmente concebido por 6 anos(!!!) flerta fortemente com a música de Lulu Santos em seus primeiros discos (mais do que a semelhança vocal), além de incorporar referências de Soul e Bossa, agregado a um quê de Beck (experimente ouvir Looking for Joy). Há ainda uma forte presença de elementos psicodélicos em seu trabalho. Um verdadeiro achado em meio a um hiato criativo que vem assolando a nossa música pop há mais de uma década, salvo honrosas exceções que aparecem vez ou outra. Cabe torcer para que o músico se firme no cenário da MPB. Talento e recomendações o cara tem, basta dar uma olhada lá no Myspace dele: [http://www.myspace.com/jonassah]. Aproveite e ouça as músicas!!

E você deve se lembrar dos trechos do clipe usados na propaganda, onde o músico aparecia enrolado num emaranhado de cabos de instrumentos e microfones. O clipe é da música 'Anormal', e você pode assisti-lo agora:

ANORMAL!!

Sobre Jonas Sá:

"Radicalmente pop, em todos os bons sentidos que a sigla pode abranger, inclusive a anormalidade — estranhamento, originalidade. Músicas como Anormal, Sayonara, Melhor Assim, que a gente não quer que acabem; que quando chegam ao refrão dá vontade de subir o volume, para além do dez, até aonde o botão não vai mais.(...)
De Jorge Ben a George Benson, de James a Carlinhos Brown, muitos são os ecos que Anormal desfralda, em estilhaços de referências — Mutantes, Lulu Santos, Los Hermanos, Beck, Gil — sem deixar de afirmar uma identidade própria na maneira de compor, no vigor do canto, na concepção inventiva dos arranjos. O disco de Jonas me faz lembrar a densidade dos discos de Cassiano, com suas muitas camadas de informação sonora, resolvidas em um projeto claro e audacioso. Exuberância concisa. Tudo aqui soa grande, sem ser grandiloquente. (...)
O Anormal de Jonas injeta vida nova no panorama da música pop que se faz no Brasil, no mundo, nas esferas."

Arnaldo Antunes

sábado, 27 de setembro de 2008

Uma preocupação pertinente, por quatro anos à frente

Estamos a uma semana daquele que poderia, sem nenhum exagero, ser considerado o dia mais importante do ano. O dia 5 de outubro, dia das eleições municipais. Mais do que o dia mais importante do ano, podemos afirmar que será o dia mais importante dos próximos 4 anos. Um voto mal pensado, mal formulado, trocado por ninharia e a tragédia estará armada. Em contrapartida, um voto pem pensado, encarado com a seriedade devida, pode gerar desenvolvimento em diversas frentes, culminando no bem-estar coletivo.

Há cidades importantes Brasil afora, onde velhas práticas coronelistas ainda são praticadas. Candidatos de rapina procuram enganar o eleitor das maneiras mais sórdidas, promentendo coisas que certamente não terão a mínima chance de cumprir. Pior do que isso, só as benesses dadas pelos candidatos, como materiais de construção, ajudinhas no combustível, botijões de gás e outros agrados diversos, numa situação que me faz lembrar das aulas de história que tive no ensino médio, onde o professor nos passava que, para conseguir as preciosidades de nosso solo, os europeus que aqui chegaram por volta do século XV, trocavam as mesmas com os índios por objetos sem valor algum, como espelhos e pentes. Uma atitude canalha que foi o início do nosso miserê.

É hora de dar um basta nisso tudo! Chega de se deixar enganar. Hoje a informação corre na velocidade da luz. Quero acreditar que as chances de começarmos a derrubar, um a um, esses pesos mortos, são reais. Minha parte eu farei. Espero que outros milhões de brasileiros façam o mesmo, votem com total consciência, e despachem os maus políticos para as cloacas de onde nunca deveriam ter saído.

Boa sorte, Brasil. Em especial, boa sorte, minha querida Teresópolis. Deus nos ajude e abençoe.

Gêmeos Célebres 4

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

ONG Transparência Brasil fiscalizará gastos da Copa de 2014

Em conversa com o editor-chefe de Terra Magazine nesta quinta-feira, o ministro do Esporte, Orlando Silva, informou que irá convidar a ONG Transparência Brasil para acompanhar os gastos públicos direcionados à Copa 2014, a ser realizada no Brasil. No início desta tarde, desde Pequim Terra Magazine conversou em Brasília com o diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio Abramo. Que aceitou o convite do ministro:

- Estamos à disposição do ministro. Assim como ele nós também não sabemos como se dará, se daria essa monitoração na prática, mas achamos importante que todo gasto para a Copa que envolva dinheiro público nas várias esferas seja, de maneira direta ou indireta, acompanhado.

Como diz o próprio site da ONG, a Transparência Brasil é "uma organização independente e autônoma criada em abril de 2000 por indivíduos e organizações não-governamentais comprometidas com o combate à corrupção".

A própria organização já estudava como acompanhar os gastos públicos dirigidos à Copa. Pensou-se, quando da confirmação do Brasil como país-sede, na criação de um observatório. Tarefa agora facilitada pelo gesto do ministro Orlando Silva.

Claudio Abramo nota que um evento como esse no Brasil "tem todo potencial para o malfeito", e que, então, "é preciso vigiar". Ele entende que uma porção da Copa é da iniciativa privada e da alçada da FIFA, mas manifesta suas preocupações:

- Além do setor de transporte, energia, segurança, que vão requerer investimentos públicos, quem, ao final, vai construir os estádios? Essa é uma das dúvidas, e só começaremos a esclarecer depois de indicadas as cidades-sede. Ninguém tem dinheiro para isso, ainda que se fale em investimento externo. O Pan foi aquela loucura de gastos, ninguém sabia exatamente quanto e quem, e para a Copa os investimentos públicos seguramente serão altos, seja no plano federal, estadual ou municipal.

Diz ainda Abramo:

- É necessário assegurar que se cumpram os princípios básicos de competitividade e que se tenha resultado positivo nos serviços executados, nos equipamentos comprados, nos transportes, na segurança, e nos gastos indiretos. Nesse tipo de coisa, grandes problemas têm surgido também com a prestação de serviços auxiliares ao evento no que envolve dinheiro público.

Quanto ao convite a ser feito pelo ministro Orlando Silva e anunciado hoje, diz o diretor-executivo da Transparência-Brasil:

- Vamos aguardar a concretização do convite para estudar com o ministro de que forma podemos colaborar e como isso vai se dar no dia-a-dia. Estamos à disposição porque achamos importante para o país e importante como exemplo.

Fonte: Terra Magazine - Bob Fernandes (http://terramagazine.terra.com.br/interna/0,,OI3092618-EI11354,00.html)

terça-feira, 22 de julho de 2008

Quem foi o PIOR???

Hoje, por volta das 13 horas, eu assistia a um programa de esportes quando uma reportagem me chamou a atenção. O personagem principal da matéria era um garoto italiano, de castellano fluente: Diego Maradona Jr. Italiano? Maradona Jr? Como assim?

Em sua memorável passagem por Nápoles, nos anos 80, onde foi rei naquela cidade e atuou com Careca no ataque do Napoli, nos bons tempos do Napoli, "Don Diego" aproveitou - e bem - o seu prestígio por lá. Numa dessas, nasceu um filho bastardo. Com o passar dos anos, a mãe e o garoto resolveram procurar o ex-jogador, que não lhes atendeu, e ainda disse que a justiça até poderia obrigar-lhe a dar dinheiro para o garoto, mas nunca o amor.


O episódio faz lembrar de quando Pelé tomou conhecimento de que tinha uma filha que era fruto de uma relação extra-conjugal. Sandra Regina lutou para ter o reconhecimento do "rei", mas o máximo que conseguiu foi a comprovação através de exame de DNA. Elegeu-se vereadora em Santos, e acabou falecendo anos depois, de câncer, sem ter tido o contato que desejava ter com seu pai biológico.


São questões complicadas, sim, mas vejo como uma via de mão dupla: Se jogadores de futebol no auge não pensam duas vezes antes de "pegar" todas as mulheres que desejam, por que razão não assumem as consequências dos seus atos, ainda com o agravante de fazer sofrer aqueles que são os menos culpados nessas tramas: os frutos da relação, enfim, os filhos?

Podem ter sido ótimos com as bolas nos pés, mas mostram-se péssimos de espírito e caráter. Lamentável.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Um Som Imaginário

Hippismo Total

Os constantes jogos de futebol decisivos, comuns nesta época do ano, acabaram por tomar grande parte de minhas últimas postagens. Futebol é uma de minhas grandes paixões, não poderia ser diferente. Mas estava faltando música aqui. Então vamos falar de som. e de um som, digamos, imaginário.


Zé Rodrix (sentado), Tavito, Wagner Tiso, Fredera, Robertinho Silva e Luiz Alves: O Som Imaginário


O Som Imaginário foi uma das mais lendárias bandas brasileiras de todos os tempos. Mesclando sons brasileiros ao jazz e ao rock psicodélico e progressivo, notabilizou-se por acompanhar Milton Nascimento no período considerado por muitos como o mais fértil de sua carreira. Discos como "Milton" (1970), "Milagre dos Peixes" (1973), "Milagre dos Peixes - ao vivo" (1974), além do épico "Clube da Esquina" (1972), têm, em suas fichas técnicas, o Som Imaginário como banda-base. Que base!!

O Som Imaginário era formado, inicialmente, por Wagner Tiso (piano e órgão), José Rodrix (órgãoe voz), Luiz Alves (baixo), Tavito (guitarra e voz), Laudir de Oliveira (percussão) e Robertinho Silva (Bateria - com o qual tive o privilégio de trocar algumas palavras em março último, no Sesc Teresópolis). Com a saída de Laudir, que foi tocar com Sérgio Mendes nos EUA, ocorreu a entrada do grande Naná Vasconcelos, que integrou o Som Imaginário como percussionista por alguns meses. No mesmo período, entrou para a banda o guitarrista Frederyko (Fredera), passando então o Som Imaginário a ter guitarra solo.


Enquanto isso, em Minas Gerais, dois jovens inscreveram uma canção no Festival Internacional da Canção de 1969. Estes jovens eram Beto Guedes e Lô Borges, que compuseram 'Feira Moderna' em parceria com Fernando Brant. Milton Nascimento convenceu os dois a deixarem o Som Imaginário defender a canção no festival. Era o que faltava para a banda alicerçar o seu primeiro disco, homônimo, que saiu em 1970 pela Som Livre.


Som Imaginário (1970)

Este disco trouxe uma sonoridade pluralizada, como citado no primeiro parágrafo deste artigo. Era a fusão de elementos jazzísticos, tropicais e psicodélicos. Um dos destaques é "Morse", um belo tema instrumental que abre o disco. Outro grande destaque é o vocal arrasador de Zé Rodrix em "Feira Moderna", que seria imortalizada nove anos depois na voz de Beto Guedes, um dos autores.

Infelizmente a proposta era experimental demais para a época, o que confirma que o Brasil nunca foi um lugar que favorecesse o experimentalismo. Afinal, se viver de música já não enchia a barriga de ninguém, improvisar na música muito menos. Após o lançamendo deste disco, a debandada começou, e o primeiro a sair da banda foi Zé Rodrix, que se juntou a Sá e a Guarabira e com eles criou o rock rural.

O segundo disco, também homônimo, saiu em 1972, e manteve a proposta do primeiro, inserindo apenas uma pegada mais progressiva, presente em "A nova estrela".


Som Imaginário (1972)


Essa pegada progressiva tornaria-se o eixo do terceiro e derradeiro álbum de estúdio, "Matança do Porco", de 1973.
Matança do Porco (1973) - uma das capas


Um disco conceitual, totalmente instrumental, que pode ser considerado meio que o "embrião" da carreira solo de Wagner Tiso. O grande destaque deste disco é a faixa título, de autoria de Tiso, que subdivide-se em três movimentos, no qual o auge é o segundo, mais pro meio da música, quando a banda engrena num improviso maravilhoso, no qual destacam-se a performance de Robertinho Silva na bateria e os agudos extraídos da guitarra de Fredera, já atuando como artista convidado, uma vez que antes do terceiro disco o guitarrista já havia se desligaado oficialmente da banda. O terceiro movimento, quase que totalmente orquestrado, é destaque por isso e também pelo fato de Milton Nascimento solar com vocalizes deslumbrantes, com o auxílio luxuoso dos Golden Boys. Também nesse disco, "A 3" destaca-se, mostrando que a pegada samba-jazzista do Som permaneceu intacta.

Depois deste disco, muitas foram as alterações na formação da banda, como a saída de Luiz Alves e a entrada de Novelli no baixo, a saída de Robertinho Silva, substituído na batera por Paulinho Braga, a saída de Tavito e a entrada de Toninho Horta, assumindo a guitarra e ainda a entrada de Nivaldo Ornellas, acrescentando sopros ao som do Som. Com essa formação gravaram o belíssimo disco "Milagre dos Peixes - ao vivo", creditado a Milton Nascimento e Som Imaginário, em 1974.

Depois disso ainda teve a substituição de Novelli por Jamil Joanes e o retorno de Fredera, ou Frederyko. A partir daí a banda encaminhou-se para o seu fim, em 1976.

A seguir, dois vídeos desta banda que, se não fez sucesso, fez história nos circuitos de música alternativa dos anos 70, à margem do brega e das baladas românticas do "rei", que dominavam as paradas da época.


A NOVA ESTRELA


A 3

domingo, 15 de junho de 2008

BRAVO SPORT!!


Contra tudo e todos! Assim foi a campanha do Sport Recife na Copa do Brasil 2008. Um clube historicamente injustiçado pela grande mídia deturpadora, devido ao fato de ter sido, segundo a CBF (aquela que organiza o campeonato brasileiro), o legítimo campeão nacional de 1987, e não o Flamengo, o queridinho dessa imprensa suja e manipuladora. Tanto é que Sport e Guarani representaram o Brasil na Libertadores-88, e não Flamengo e Internacional. Quero ver alguém ter o despeito de contestar a conquista dos pernambucanos. Nenhum outro clube teve adversários tão difíceis: Palmeiras, Internacional, Vasco da Gama e Corinthians. Todos derrubados. E os experientes jogadores do time da Ilha do Retiro fizeram Recife parar. Com toda a justiça: pela regularidade, pela habilidade de lidar com a situação adversa, e tal qual um alquimista, transformar uma prata iminente num ouro reluzente, o Sport é, sem sombra de dúvidas, o maior merecedor desse título. Parabéns Sport Clube Recife, o campeão da Copa do Brasil!! E que venha a Libertadores.

Torcida festejando em frente ao hotel do Corinthians,
que falou muito e jogou pouco, quase nada.




ENQUANTO ISSO EM SÃO PAULO...






E pra encerrar, aquilo que alguns jogadores, árbitros e times como Flamengo e agora Corinthians
tiveram o dissabor de experimentar: A PRAGA ALVINEGRA!!! HAHA!!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

No dos outros é refresco

Há cerca de duas semanas, antes da partida de volta das semifinais da Copa do Brasil entre Corinthians e Botafogo, houve um mal estar entre as diretorias das duas equipes devido ao fato de o Corinthians ter liberado poucos ingressos (cerca de mil) para o Botafogo. Quando da partida de ida, os paulistas solicitaram uma carga, no que foram atendidos. Após o prazo de três dias, tornaram a pedir uma nova carga para os corintianos que pegariam a Dutra no sentido SP-RJ, e ainda assim foram atendidos. No entanto, não houve cavalheirismo da parte do Sr. Andrés Sanches, nem de seus asseclas, e a torcida do Botafogo teve de se contentar com os parcos mil ingressos (teria direito a cerca de 3 mil). Não que em meio à imensidão do Morumbi mil ou 3 mil façam diferença, mas trata-se de valores muito mais importantes que isso. Trata-se de dignidade, palavra de homem e ética, dentre outros adjetivos que faltaram à cúpula corintiana.

MAs o mundo dá voltas, e, ao entrar na internet, me deparo com esta reportagem no site globoesporte.com:

http://globoesporte.globo.com/Esportes/Noticias/Futebol/Copa_do_Brasil/0,,MUL596515-9830,00-COM+INGRESSOS+ANDRES+DETONA+DIRETORIA+DO+SPORT+SAO+IRRESPONSAVEIS.html

Realmente, é como diz o velho ditado...

domingo, 8 de junho de 2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Boca Calada!!



E eis que o Fluminense faz história, repete o feito do lendário Santos de Pelé e cia., e elimina o tão badalado Boca Juniors. De quebra, ainda vinga uma penca de clubes brasileiros que tinham na equipe argentina seu maior algoz, como São Paulo, Grêmio, Santos, Flamengo, Paysandu e Cruzeiro, entre outros.

Fará a final contra LDU, a quem enfrentou na primeira fase, com o primeiro jogo nos 2.800 metros de altitude de Quito. O momento-chave desta decisão passa pelos Andes. Se o Fluminense conseguir um bom resultado, como conseguiu na primeira fase (0 a 0), estará com a faca, o queijo, e todo o resto da mesa de café da manhã, em suas mãos. É aguardar.

Enquanto isso, os torcedores do River Plate não perdoam:


segunda-feira, 2 de junho de 2008

André Luis: Quando um cidadão é humilhado em praça pública

Recife, 1 de junho de 2008. Um jogo ruim entre Náutico e Botafogo era disputado no acanhado estádio dos Aflitos, válido pela quarta rodada do Brasileiro. A partida já começou com um atraso de aproximadamente dez minutos, por pura falta de organização do mandante.

Iniciado o jogo, via-se que algo estranho estava acontecendo. O jogo estava esquisito, uma pelada. O zagueiro André Luis, do Botafogo, estava visivelmente alterado emocionalmente. Não cabe a ninguém – absolutamente ninguém – lançar informações falsas, dizendo que o nervosismo era devido à eliminação da Copa do Brasil. Se o fosse, o nervosismo seria visto em todo o time, e não apenas em um único jogador. Ninguém saberá o que realmente passava pela cabeça do zagueiro. O time vem atuando mal há tempos – desde as finais do carioca – e não foi somente a eliminação para o gigante da segundona que provocou isso.

André já havia tomado um cartão amarelo por reclamação, quando, minutos depois, ao perder uma bola no ataque, tentou recuperá-la. O lateral Ruy “Cabeção” partia com a bola dominada quando foi desarmado por André Luis. Aí começam os problemas.

Ainda que o lance se caracterize por um carrinho por trás, não se vê intenção em matar a jogada, em derrubar o adversário. Ele se coloca à direita do jogador do Náutico, estica a perna esquerda (logo diminuindo os indícios de que queria matar a jogada, já que se o quisesse seria muito mais prático usar a perna direita, travando o adversário) e toca na bola. No entanto, existem as malandragens do futebol, e o Ruy cai no gramado, se joga, chega a quicar no campo, dando àquele lance pinturas de uma falta desleal e hedionda.

Desleal e hediondo foi o que aconteceu depois.

O árbitro Wilson Seneme aplicou o segundo amarelo e logo, o vermelho. O jogador tentou se justificar. Não adiantava mais. Saiu de campo irritadíssimo, chutou uma garrafa de água, que acabou caindo na torcida (que fica quase dentro do campo, separada apenas por uma grade – uma várzea) - garrafa esta que provocou uma denúncia de um torcedor na delegacia do estádio, e que complicaria a situação do jogador - e por fim mandou dedos do meio para os torcedores adversários. É exatamente nesse instante que começa uma das maiores vergonhas já proporcionadas por uma polícia militar. Extremamente despreparados, e talvez até torcedores do time pernambucano, os PMs pernambucanos resolveram prender o zagueiro alvinegro por ter feito gestos para a torcida. Fica aqui o aviso aos amigos: nunca mandem ninguém para aquele lugar por meio de dedos, pois vocês podem ir em cana!

André Luis, assustado com aquilo tudo, tentava desvencilhar-se da truculência policial orquestrada por uma tal Lucia Helena, aspirante a tenente se aproveitando dos holofotes para tentar aparecer e mostrar serviço. ‘Grandão’, o zagueiro conseguiu, depois de cair por várias vezes, se soltar dos “homens da lei” e se dirigiu ao vestiário, que ficava do outro lado do campo (mais um absurdo da “Rua Bariri do Nordeste”). Surpresa: a porta foi trancada, sabe Deus por quem. Acuado feito um meliante num beco sem saída, o zagueiro foi cercado pelos truculentos PMs na escada do vestiário. O atacante Fábio tentava desesperadamente dialogar e proteger o companheiro de equipe. Foi agarrado pela polícia e praticamente jogado para dentro do campo, Enquanto o lateral-direito Alessandro era agredido com spray de pimenta:

“Estava tentando tirar nossos jogadores da confusão na porta do vestiário, quando alguém veio por trás de mim, levantou minha camisa e jogou o spray. A sensação foi horrível. Meus olhos começaram a arder, minha garganta fechou e não conseguia respirar, até que vomitei sangue”

Em seguida André Luis foi imobilizado, como se representasse uma ameaça à sociedade, e retirado de campo, como se fosse um torcedor invasor. A sensacional polícia pernambucana em mais uma demonstração de absoluto despreparo, fez o inimaginável: retirou o jogador do Botafogo pelo meio da torcida, em meio a uma chuva de garrafas, e outras coisas, numa cena medieval. Se ali houvesse uma pedra, poderia ter havido uma tragédia. Bebeto de Freitas, o presidente do Botafogo, desesperadamente tentando contornar a situação, foi empurrado diversas vezes pelos selvagens de farda, e acabou arrastado por eles também, sumindo no túnel do estádio dos Aflitos. Só mesmo tanta aflição por parte dos locais pode, em parte, justificar uma ação policial tão absurda.

Enquanto Bebeto também ia sendo preso, a polícia continuava fazendo das suas: o goleiro Renan teve que se proteger de um PM que posicionou o cacetete para agredí-lo. O mesmo ocorreu com Leandro Guerreiro e Diguinho. Este último foi claramente ameaçado por um policial, tendo o lance sido captado pelas emissoras de tv presentes. Dá até pra fazer leitura labial, para saber o que o despreparado funcionário público falou.

Quanto ao jogo, lamentavelmente reiniciado, acabou 3 x 0 para os donos da casa. Correu a informação de que o Botafogo não retornaria para o segundo tempo, mas o capitão Lucio Flávio, sempre sensato e ponderado, disse que retornariam em nome da honra do Botafogo de Futebol e Regatas. Àquela altura, o resultado final era o que menos importava.

Depois de tanta humilhação a um cidadão que estava trabalhando, e que teve a sua dignidade jogada na lama em rede nacional por uma ação policial desastrada e truculenta, chegaram duas notícias: André Luis fez um acordo e doou 25 salários mínimos, cerca de R$ 10 mil para o Hospital do Câncer de Pernambuco. Bebeto de Freitas não quis acordo e responderá a processo. Segundo ele, não cabe fazer acordo, pois estava defendendo o jogador da agremiação da qual é presidente.

Antes que digam que só escrevo essas linhas por ser botafoguense, cito os fatos: ações como essa não são novidade em Recife: no ano passado, o técnico Lori Sandri, então comandando o América-RN, foi preso nas mesmas circunstâncias, mas no estádio da Ilha do Retiro, pertencente ao rival do Náutico, Sport Recife. Foi algemado na frente das câmeras de tv. Humilhado, deu uma entrevista aos prantos, que causou consternação no meio futebolístico. Recentemente, o Palmeiras, ao chegar no mesmo estádio da Ilha do Retiro, segundo o treinador Vanderlei Luxemburgo, teve que desembarcar em frente aos torcedores do Sport, pois uma motocicleta da PM, estrategicamente estacionada metros adiante, impedia a manobra do ônibus e o desembarque em outro setor do estádio.

Para encerrar, as perguntas que ficam são as seguintes:

O STJD punirá apenas o jogador do Botafogo, ou também punirá o Náutico, que é dono do alçapão onde se realizou o jogo, e o mandante é o responsável pela segurança daqueles que recebe?

A CBF interditará o alçapão dos Aflitos, totalmente impróprio para uma partida de 1ª divisão?


A Comissão de Arbitragem da CBF afastará o árbitro Wilson Seneme, pela conivência e falta de pulso para controlar os ânimos exaltados?


A aspirante a tenente desastrada e despreparada será afastada de suas funções atuais?


O Botafogo irá processar o Estado de Pernambuco pelo acontecido?


O zagueiro André Luis irá processar o Estado de Pernambuco pelo ocorrido?


Ou tudo acabará em pizza de carne-de-sol??

A saber nos próximos dias. Algo tem que acontecer!

quinta-feira, 29 de maio de 2008

E SÓ SOBROU O FLUMINENSE

Dos três times cariocas que ainda disputavam algo no primeiro semestre, sobrou apenas o Fluminense. Até porque a partida de ontem contra o Boca Juniors foi só a primeira. Ao menos até a semana que vem, o Flu ainda estará disputando. As decepções ficam por conta de Vasco (menos) e Botafogo (mais).

Como é possível um raio cair duas vezes no mesmo lugar? Pergunte ao Cuca, agora ex-técnico do Fogão, e aos jogadores, pois repetiram tudo o que aconteceu no ano passado em Buenos Aires. O Bota mostra-se um time que não sabe decidir quando a segunda partida é fora de casa. Saiu em vantagem, por ter vencido a primeira no Engenhão, tal qual no duelo contra o River Plate. No entanto, não foi capaz de sustentar a vantagem. Ainda mais pelo fato de ter conseguido empatar a partida no Morumbi três minutos após o Corinthians marcar. Naquele momento, o time deveria ter envolvido o adversário de modo a fazer o tempo passar e enervá-lo, pois já tinha vários jogadores com cartão amarelo. Mas há uma particularidade ao Botafogo: é um time que chega a muitas decisões, mas a cada uma delas parece um novato, um calouro no ramo, pois não se vê a frieza necessária, a malícia necessária aos campeões. Acomodou-se com a possibilidade de levar para os pênaltis, e o resultado é mais uma eliminação inacreditável. Enquanto o Botafogo não tiver essa frieza necessária a quem quer ser campeão, ficará sempre no quase, infelizmente. É fato. Sou Botafoguense, daqueles que ficam roucos a cada quarta e domingo, mas tenho de admitir isso, com o coração em pedaços.

Já o Vasco se mostrou mais digno, ao partir pra cima do Sport Recife e fazer o placar que precisava para, ao menos, levar a peleja para as penalidades. Mas aí o Edmundo acabou acrescentando mais um penal perdido para a sua já vasta coleção, e o Vasco se despediu.

Algumas mudanças já aparecem, como a saída do técnico Cuca, no Botafogo. Ele entregou o cargo, pois era sabido por todos que a situação seria insustentável em caso de mais um insucesso. E foi o que ocorreu. Só tenho a agradecer a ele por ter nos colocado num patamar acima do que nos habituamos a freqüentar nos últimos 10 anos. Mas para um clube com a grandeza do Botafogo, isso apenas não basta. Queremos ser campeões também. E vislumbramos essa possibilidade já há dois anos, sempre batendo na trave. Será que outro comandante (provavelmente Leão) conseguirá fazer desse grupo um time vencedor? Será que o Cuca conseguirá levantar taças em outras cercanias (provavelmente o Santos)? A saber com o passar do tempo.

Já o Fluminense segue vivo na Libertadores. Arrancou um heróico empate contra o ‘Bambambam das Américas’ (segundo a grande mídia – nem tanto segundo eu). O fato é que esse Boca costuma jogar melhor fora da Argentina do que em sua casa. Mas acredito que o Fluminense passe. Já demonstrou ser time copeiro quando, depois de quase estar eliminado da Copa do Brasil do ano passado, passou por cima do Bahia e partiu rumo ao título. E o grande detalhe é o seguinte: Caso o tricolor de Laranjeiras se classifique, e da outra chave surja o América do México (do qual santistas e flamenguistas guardam lembranças marcantes), o tricolor já estará no Mundial da FIFA, mesmo se não for o campeão. Isso porque o América não é federado à Conmebol, e sim à Concacaf, que classifica seus clubes através de sua própria competição, a Concacaf Champions League. Mexicanos jogam a Libertadores como convidados, atraídos pelas receitas gordas que a competição gera. Mas tudo dependerá do que acontecerá no Maracanã na semana que vem.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Argentinos: confiantes ao extremo? Ou arrogantes mesmo?

“Quero ser o artilheiro da Copa”. Esta é a frase que abre os jornais da Argentina nesta quarta-feira, quando Fluminense e Boca Juniors iniciam a luta por uma vaga na grande decisão da Libertadores. O dono dela é o atacante Martin Palermo, que já marcou seis gols na competição, dois a menos que Marcelo Moreno, do já eliminado Cruzeiro, e Cabañas, o carrasco de Flamengo e Santos, que ainda está em ação pelo América do México. A frase parece soberba aos olhos dos brasileiros, mas para os argentinos é absolutamente normal. Seus companheiros do Boca Juniors, por exemplo, acreditam que ele fará contra o Fluminense o que fez nas quartas-de-final contra o Atlas, quando marcou três gols no México e garantiu a classificação do time portenho, que havia empatado em casa: 2 a 2. - Ele pode ser o artilheiro. Merece ser. Nestes próximos jogos fará pelo menos uns dois ou três gols - avisa o volante Cristian Chávez.
Palermo está em alta com os colegas de equipe.

Se outro dia ele fez três em menos de vinte minutos, tudo é possível – completa o meia Fabian Vargas, ex-Internacional. Até Riquelme, o craque do time, rende-se ao faro de gol do amigo e agradece por tê-lo a seu lado. - É o melhor camisa 9 do mundo, nos últimos dez anos. Temos sorte de poder jogar a seu lado - elogia.

do site http://www.globoesporte.com/

Não sei não... por mais que esse cara seja goleador nato, a lembrança que tenho é dos três pênaltis perdidos num só jogo.

OUTRO LANCE

Corinthians e Botafogo, no Morumbi. Vasco e Sport em São Januário. A noite de hoje será um teste para cardíacos. São as emoções finais da Copa do Brasil, o atalho à Libertadores da América. Hoje saem os finalistas. Por motivos óbvios, não me arrisco a dar qualquer palpite, sobretudo no jogo do Morumbi. Ganhamos o primeiro, mas o resultado final é que vale. O melhor é aguardar e tentar controlar o coração!

Amistosos internacionais

Neste exato momento, às 17:54, quando escrevo este texto, a Inglaterra vai vencendo os EUA por 2x0. Ontem, a Alemanha empatou com a Bielo-Russia em 2x2. Evidentemente que os jogadores de certa maneira se pouparam, afinal estamos em fim de temporada e contusões nessa época são muito comuns. O Kaká que o diga, já que foi submetido a uma intervenção cirúrgica no joelho esquerdo numa clínica do Méier pelo Dr. Runco, do Flamengo e da Seleção. Em seguida, o meia do Milan e da Seleção iniciará a reabilitação fisioterápica no Reffis, hoje uma referência em reabilitação desportiva no Brasil. Pra quem não sabe, o Reffis é o centro de fisioterapia do São Paulo Futebol Clube.

Voltando ao assunto dos amistosos internacionais, um resultado que me surpreendeu foi a vitória do Uruguai sobre a Turquia por 3x2, fora de casa. Por mais que o Uruguai não seja nem sombra do que já foi um dia, tem camisa. E camisa, meus caros, pesa. Quem tem camisa deve ser temido.

Todos esses amistosos servem para interesses diversos: Eurocopa, Eliminatórias-2010, Jogos Olímpicos. O Brasil mesmo fará dois amistosos, visando as duas últimas, com uma equipe mesclada, com jovens sub-23 e experientes jogadores, como o Adriano, que ao que parece superou os delicados problemas que o fiseram sair da Itália e passar seis meses no São Paulo, no já citado Reffis. O São Paulo ficou pelo caminho no paulistão e na libertadores, mas Adriano deixará saudades no Morumbi. Esperamos todos que, na Seleção e na Internazionale, volte a ser o decisivo atacante que nos deu duas memoráveis conquistas em 2005: Copa América e Copa das Confederações, ambas em cima da Argentina, nossos maiores rivais na face da Terra.

Voltando ao velho continente, a Eurocopa vai pegar fogo. A ausência da Inglaterra é uma surpresa. Mas o futebol é feito de surpresas, e justamente a última Euro foi uma das maiores demonstrações desse tipo de surpresa: A Grécia, que em pleno solo português derrotou os anfitriões por duas vezes, sendo uma delas na final.

domingo, 25 de maio de 2008

Gêmeos Célebres

Esta é a nova série deste blog (claro que você já deve ter visto isso em algum lugar!). Aqui você verá aqueles que, ao nascer, foram separados um do outro. Aqui eles se reencontram. Para abrir a série, olha só quem apareceu:


domingo, 18 de maio de 2008

Wander Taffo: Luto no Rock Brasileiro


Andei afastado da internet na última semana. Talvez por isso eu não tenha ficado sabendo da péssima notícia que dava conta do falecimento do mestre da guitarra Wander Taffo na última quarta-feira, em São Paulo, aos 53 anos, devido a um infarto fulminante. Soube apenas ao ligar a tv na madrugada do último sábado no Altas Horas. Assistia a banda Tihuana tocando, quando o Serginho citou o fato e em seguida colocou a performance do Radio Taxi interpretando "Eva", em setembro de 2006. Uma performance maravilhosa, que coloco aqui neste humilde espaço como uma singela homenagem. Mas fiquei chocado ao saber dessa horrível notícia. Wander era um dos meus guitar heroes. É uma terrível perda para a música do país, sobretudo para o nosso rock.

"...Além do infinito eu vou voar..."
Biografia:
Com carreira iniciada com a banda Memphis em 1973, Wander fundou a banda Rádio Táxi, que fez muito sucesso com a música "Eva" em 1983. No final dessa década, Wander deixou o grupo e passou a fazer carreira solo, junto com os irmãos Andria e Ivan Busic, lançando o disco Wander Taffo, produzido pelo produtor musical Liminha. Chegou a receber o prêmio Sharp de Música na categoria "Revelação Pop Rock Masculino" por um solo gravado em Los Angeles, em 1989. No ano seguinte, foi eleito melhor guitarrista do Brasil pela crítica especializada. Com Marcelo Souss nos teclados, formou-se a Banda Taffo, que teve sucesso com seu disco Rosa Branca.
Wander participou ainda de diversos discos: Marina Lima, de 1991, Cássia Eller, de 1994, Clássicos, de Guilherme Arantes, de 1994, entre outros. Em 1996, lançou seu terceiro disco solo, Lola, que teve a música "Sempre Junto de Você" na trilha sonora da novela O Amor Está no Ar, da Rede Globo.
Em julho de 1997, Taffo abriu o IG&T (Instituto de Guitarra e Tecnologia). Assim, paralisou seus projetos musicais, dedicando-se exclusivamente ao projeto. A escola, hoje conhecida como Escola de Música & Tecnologia (EM&T), une alta tecnologia a um centro de conveniência nos moldes do GIT de Los Angeles (Estados Unidos), algo inédito na América Latina, de onde é considerada a melhor escola musical. Em apenas um ano de funcionamento, o IG&T atingiu mil matrículas. Já os irmãos Busic hoje estão no Dr. Sin.
Em 2006, Wander voltou com a sua ex-banda Rádio Táxi, que lançou um DVD marcando a volta da banda. Ele planejava ainda a volta da banda Taffo para julho de 2008, projeto este infelizmente interrompido. (pesquisado na wikipedia)

A seguir alguns vídeos de performances de Taffo com o Radio Taxi e com

UM AMOR DE VERÃO






EVA








"Tudo na nossa vida decorre na medida exatamente proporcional ao tamanho de nossa "Fé" !!! Acreditem!!!
Ouçam a "voz" de seus corações e metam bronca !!!
As dificuldades existem e sem elas a vida e as vitórias não teriam graça nenhuma !!!
Portanto, acredite em vcs, e façam tudo com Amor, que vcs chegarão lá, essa é a receita do sucesso !!!

Bendsssss forever !!!"

Wander Taffo, em entrevista para o site www.vintageguitar.com.br em 4 de junho de 2002.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Felicidade imensa!!







É... fui zoado, sacaneado à beça, fizeram musiquinhas e tal. No entanto, o mundo dá voltas, e a alegria que tive na última quarta-feira foi imensa. 7 de maio de 2008. Um dia pra entrar para a história. Como já dizia um velho provérbio mexicano: "Quem chora por último chora pior".

SOY LOCO POR TI AMÉRICA!!!

domingo, 4 de maio de 2008

Dando o braço a torcer

Hoje escrevo um texto diferente. Diferentemente das postagens indignadas de outrora, hoje posto apenas resignado. Como alguns de vocês devem saber, sou um botafoguense de certa forma fervoroso. E como tal, estou um pouco triste com mais uma conquista perdida na decisão. Mas dessa vez não vou atentar contra a instituição Clube de Regatas do Flamengo. Consegui, assim como os jogadores do Fogão, amadurecer consideravelmente desde a conturbada final da Taça GB. Hoje vi meu time perder uma decisão contra o seu maior rival, e nem por isso quis dar porrada em meio mundo. Não. A vida não se resume ao que acontece no Maracanã, no Engenhão ou no Mineirão. Amanhã todos nós estaremos nas ruas das mais diversas cidades, construindo novas etapas de nossas vidas. Futebol é entretenimento apenas.

O Flamengo venceu o Botafogo por ter no seu banco de reservas, um cara chamado Joel Natalino Santana. Um cara que vê o jogo como poucos, e que sabe usar o banco a seu favor. As três vitórias rubronegras sobre o Fogão foram graças às mexidas de Joel. Por isso o Cuca pede, assim como todos nós alvinegros, reforços de nível à diretoria. Pois o Botafogo tem um bom time. Aguerrido, competitivo, e que vai se habituando a ter tranquilidade nos momentos de revés. No entanto, falta ao Botafogo um banco de reservas que possibilite ao Cuca manter a qualidade do time em campo. E isso foi determinante para o bi do Flamengo. Convém salientar que houve lances em que alvinegros pediram falta, no segundo tempo. E não foram poucos. O árbitro era, de fato, muito fraco para uma partida com essa importância. No entanto, é cretinice dizer que fomos roubados. Os próprios jogadores e o Cuca admitiram que não estiveram muito bem e que o Flamengo foi mais feliz no segundo tempo. Resta-nos lotar nosso estádio nos jogos que por ventura venhamos a fazer pela Copa do Brasil. A América é logo alí, Fogão!!!

Pra terminar, parabenizo os flamenguistas pelo título. Espero que comemorem bastante, pois a Fada está indo embora, e a carruagem pode virar abóbora.

Um abraço a todos!!

Nave de Prata: Pronta para decolar!

Essa banda eu conheci pela internet, na comunidade da banda mineira 14 bis. Nitidamente influenciados pelos mineiros (Nave de Prata é o nome de uma canção do 14 bis, de autoria de Vermelho e Márcio Borges), os cariocas Igor Sebastian (baixo e vocal), Renan Hubner (teclado e vocal), Heitor Mendes (guitarra e vocal) e Felipe Parpineli (bateria e percussão) formaram a Nave de Prata, que vem influenciada pelo som de gente como Flávio Venturini, O Terço, Legião Urbana, Lô Borges e Beto Guedes, entre outros. Vale a pena dar uma conferida!!

sábado, 3 de maio de 2008

Lembrança de domingos felizes


14 anos... e parece que foi há esses dias...


terça-feira, 29 de abril de 2008

Amanhecer Total

O título deste post é referente a uma música de 19 minutos da banda progressiva brasileira 'O Terço'. Escolhi o mesmo por achar que é o título ideal para a foto abaixo:

Maravilhoso amanhecer na Serra dos Órgãos, a caminho de Teresópolis. Estranho lembrar que horas mais tarde choveria horrores nesta mesma serra, e que pessoas perderiam suas vidas no Rio Soberbo. Que estejam em bom lugar, na companhia Daquele que é responsável por, entre outras coisas, esta alvorada clicada acima.

O ELDORADO DO EMPREGO PÚBLICO

Amigos, de uns dez anos pra cá, um fenômeno nacional tem se tornado cada vez mais latente: é a procura incessante das pessoas de todos os níveis de formação por empregos públicos. Cada concurso é aguardado por milhões de pessoas com muita ansiedade. Sejam de prefeituras, governos estaduais. empresas estatais ou autarquias, os concursos públicos movimentam muito, mas muito dinheiro mesmo, e acabam por gerar um interessante fenômeno, que é a busca por uma boa qualificação profissional. Cada vez mais as pessoas querem concluir o ensino superior, seja em que área for, de modo a estarem aptas a concorrer a atraentes salários, sem contar a sedutora garantia de estabilidade profissional pelo resto da vida.

Dessa maneira, surgiram muitas empresas nesse ramo. Sejam editoras de apostilas e livros, sejam as escolas preparatórias, ou ainda as próprias organizadoras dos concursos. É um segmento em plena ascensão.

Prefeituras de grandes capitais, Governos estaduais, e empresas estatais como Petrobras e agregadas promovem os mais concorridos concursos públicos. Além destes, outros processos seletivos muito disputados, e que exigem igual preparação para tal são os concursos para as Polícias Militar e Civil e também para o Corpo de Bombeiros, bem como concursos públicos para ingresso nas Forças Armadas. Para profissionais da área de saúde, uma boa possibilidade de carreira militar é o ingresso na Marinha, que eventualmente abre processos seletivos.

Tal procura reflete a dura realidade brasileira, onde os empregos são cada vez mais escassos, em todos os níveis, e aqueles que possuem vínculo empregatício em algum local não são remunerados de acordo com o que mereceriam.

Eu estou estudando para o próximo concurso. E você?

sábado, 29 de março de 2008

DENGUE FORA DE CONTROLE: VERGONHA MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL

Muito nos entristece a atual situação do Rio de Janeiro. Um estado sitiado por uma peste assoladora e aterrorizante epidemia de dengue, com muitos casos evoluindo à dengue hemorrágica, a mais grave manifestação desta praga.

Espanta-nos constatar que, na cidade onde houve uma verdadeira revolução no que concerne à difusão do conceito de saúde pública como elemento de primeira grandeza na prática da medicina - e por consequência de outras profissões da área da saúde - ocorra, em pleno ano de 2008, em pleno século XXI, concomitantemente à discusão no Congresso Nacional a respeito da liberação de pesquisas com células-tronco, uma epidemia com índices assustadores de casos e de óbitos.

Esta revolução foi conduzida nas primeiras décadas do século XX por um dos maiores e mais notáveis brasileiros de que se tem notícia. Um homem que enfrentou a tudo e a todos - militares e população enfurecida - no episódio conhecido como "Revolta da Vacina" em defesa de suas convicções. Enfrentou-os e venceu. Muitas moléstias tropicais foram erradicadas por este sanitarista, entre elas a peste bubônica, a varíola e a febre amarela (que nos últimos meses retornou, inacreditavelmente, no Centro-Oeste). Este homem chama-se Oswaldo Cruz.

ENTENDENDO A DENGUE (Sinais e sintomas, diferenciações e variações, afecções a outros sistemas corpóreos)

O que é?

Denomina-se dengue a enfermidade causada por um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivirus, que inclui quatro tipos imunológicos: 1, 2, 3 e 4. A dengue tem, como hospedeiro vertebrado, o homem e os primatas, mas somente o primeiro apresenta manifestação clínica da infecção e período de viremia de aproximadamente sete dias. Nos demais primatas, a viremia é baixa e de curta duração. A dengue é transmitida através da picada de uma fêmea contaminada do Aedes aegypti, pois o macho se alimenta apenas de seiva de plantas. Um único mosquito desses em toda a sua vida (45 dias em média) pode contaminar até 300 pessoas.

A seguir, reproduzo trecho de um artigo científico, o qual está devidamente referenciado ao fim deste texto:

"Sinais e sintomas do dengue. Forma assintomática: nesta forma da doença os sintomas não são perceptíveis ao paciente. Estima-se que em uma epidemia de dengue ocorra um caso assintomático para cada cinco casos sintomáticos.

Forma indiferenciada: assemelha-se à síndrome gripal. O paciente apresenta sintomatologia leve, confundindo seu quadro clínico com gripe e muitas vezes não procura atendimento médico. Quando o faz, o diagnóstico clínico inicial é de gripe.

Formas atípicas: o dengue pode manifestar-se com formas clínicas atípicas, simulando outras doenças. Na hepatite pelo vírus do dengue ocorre elevação importante das transaminases e presença de icterícia. A doença pode apresentar-se com febre, dor abdominal e vômitos, quadro indistinguível das outras hepatites virais agudas.

Podem ocorrer formas raras com comprometimento do sistema nervoso central manifestando-se com encefalites (Síndrome de Reye) ou polineuropatias (Síndrome de Guillain-Barré). Essas formas podem surgir no decorrer da doença ou na fase de convalescença.

Dengue clássico: o quadro inicia-se subitamente com febre alta, acompanhada de cefaléia intensa, que pode ser retro-orbital e/ou holocraniana. Acompanham o quadro mialgia intensa e generalizada e, algumas vezes, artralgias. O exantema do dengue surge por volta do terceiro ou quarto dia da doença, sendo mais comum nas extremidades, podendo apresentar-se em todo o corpo. Mostra-se característico da doença o prurido intenso na fase de remissão do exantema. A dor abdominal no hipocôndrio direito, raramente acompanhada de hepatomegalia, ocorre em pequena parcela dos casos. Náuseas e vômitos também podem surgir no início do quadro e algumas vezes o paciente apresenta diarréia. Linfoadenomegalia e esplenomegalia são raras. Na fase de convalescença o paciente pode apresentar astenia e depressão por um período de um a dois meses. Há relatos também de distúrbios psiquiátricos.

No dengue clássico segundo os tratados e manuais podem ocorrer fenômenos hemorrágicos que geralmente são leves, do tipo epistaxe e gengivorragia, mas que podem apresentar-se tão intensos a ponto de levar ao choque hipovolêmico. Segundo esse critério, em uso atualmente, essa não seria a febre hemorrágica do dengue. Em nossa opinião, do ponto de vista terapêutico essa apresentação da doença deve ter uma abordagem voltada para o controle da hemorragia, reposição volêmica com cristalóides e/ou sangue e hemoderivados, tal como ocorre com outras doenças hemorrágicas, justificando-se sua classificação à parte.

Febre hemorrágica do dengue (FHD)/Síndrome do choque do dengue (SCD): o quadro inicia-se de forma semelhante ao dengue clássico, com febre (ocasionalmente 40 a 41ºC), mantendo-se elevada por período de 2 a 7 dias, quando então apresenta queda súbita. Tem sido definida nas situações em que há febre com ou sem manifestações hemorrágicas associadas a trombocitopenia.

Terapêutica: A princípio, todos os casos classificados como de FHD e sobretudo de SCD, ou de acordo com a classificação proposta por nós, dengue com hemorragias ou com sepse, deveriam ser conduzidos em unidade de terapia intensiva (CTI) ou, ao menos, em unidade intermediária."

HISTÓRICO DA DOENÇA NO BRASIL
No Brasil, existem registros de epidemias de dengue no Estado de São Paulo, que ocorreram nos anos de 1851/1853 e 1916 e no Rio de Janeiro, em 1923. Entre essa data e os anos 80, a doença foi praticamente eliminada do país, em virtude do combate ao vetor Aedes aegypti, durante campanha de erradicação da febre amarela. Observou-se a reinfestação desse vetor em 1967, provavelmente originada a partir dos países vizinhos, que não obtiveram êxito em sua erradicação. Na década dos anos 80, foram registrados novos casos de dengue: em 1981 - 1982 em Boa Vista (RR); em 1986 - 1987 no Rio de Janeiro (RJ); em 1986, em Alagoas e Ceará; em 1987, em Pernambuco, Bahia, Minas Gerais e São Paulo; em 1990, no Mato Grosso do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro; em 1991, em Tocantins e, em 1992, no Estado de Mato Grosso.

No período de 1986 a outubro de 1999, foram registrados, no Brasil, 1.104.996 casos de dengue em dezenove dos vinte e sete Estados. Observou-se flutuação no número de casos notificados entre 1986 e 1993, seguido de aumento acentuado no número de notificações no período de 1994 a 1998, com queda em 1999.

A média anual, após 1986, foi de 78.928 casos/ano, ficando acima desse valor em 1987, com 82.446 casos; em 1990, com 103.336; em 1995, com 81.608; em 1996, com 87.434; em 1997, com 135.671; em 1998, com 363.010 e 1999, com 104.658 casos.

Observou-se a falta de uniformidade quanto ao modo de notificação da distribuição do número de casos, por Estado. Alguns não têm dados disponíveis, enquanto outros, como Mato Grosso, apresenta registros fragmentados, não incluindo todas as regiões. Quanto ao Estado de São Paulo, verificou-se que foram notificados os casos confirmados por exames de laboratório e, dentre os municípios, não constava o da capital.

No Estado de São Paulo, a dengue foi incluída no rol das doenças de notificação compulsória, em 1986. Em 1987, foram detectados dois focos da doença na região de Araçatuba, os quais foram controlados. Na região de Ribeirão Preto, a epidemia alcançou o pico em 1991, estendendo-se pelas regiões de São José do Rio Preto, Araçatuba e Bauru, confirmando as previsões de risco crescente de ocorrência da arbovirose.

Em resumo, agrupando por regiões, a Sudeste foi a que registrou o maior número de casos, sendo também a de maior população e disponibilidades de recursos para diagnóstico e notificação. Seguem-se em relação à incidência de dengue as regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sul e Norte.

Em 2002, novamente o Rio de Janeiro foi castigado por uma epidemia de dengue, agora com a entrada do vírus tipo 3. Mais de 400 mil pessoas contraíram a doença na cidade e 91 morreram em todo o Estado. Foi o ano com mais casos de dengue na história do país, concentrados no Rio de Janeiro, até a epidemia deste ano.



SINTOMAS

O período de incubação é de três a quinze dias após a picada. Dissemina-se pelo sangue (viremia). Os sintomas iniciais são inespecíficos como febre alta (normalmente entre 38° e 40º C) de ínicio abrupto, mal-estar, pouco apetite, dores de cabeça, musculares e nos olhos. No caso da hemorrágica, após a frebre baixar pode provocar sangramentos nas gengivas e nariz, hemorragias internas e coagulação intravascular disseminada, com danos e enfartes em vários orgãos, que são potencialmente mortais. Ocorre freqüentemente também hepatite e por vezes choque mortal devido às hemorragias abundantes para cavidades internas do corpo. Há ainda exantemas cutâneos típicos (manchas vermelhas na pele), e dores agudas das costas (origem do nome, doença “quebra-ossos”).

A síndrome de choque hemorrágico da dengue ocorre quando pessoas imunes a um sorotipo devido a infecção passada já resolvida viajam e são infectadas por outro sorotipo. Os anticorpos produzidos não são especificos suficientemente para neutralizar o novo sorotipo, mas ligam-se aos virions formando complexos que causam danos endoteliais, produzindo hemorragias mais perigosas que as da infecção inicial. A febre é o principal sintoma.

Ao ser observado o primeiro sintoma, deve-se buscar orientação médica no posto de saúde mais próximo. As pessoas que já contraíram a forma clássica da doença devem procurar, imediatamente, atendimento médico em caso de reaparecimento dos sintomas agravados com os sinais de alerta, pois correm o risco de estar com dengue hemorrágica, que é o tipo mais grave. Todo tratamento só deve ser feito sob orientação médica.


PREVENÇÃO E TRATAMENTO

Uma boa prevenção é feita quando direcionada à larva do mosquito. No mais é tudo aquilo que já estamos sabendo de cor e salteado: evitar acúmulo de água parada em objetos que facilitem a desova dos mosquitos, como pneus, vasos de plantas, baldes e latas, garrafas e quaisquer outros tipos de recipientes. O diagnóstico é feito através de isolamento viral (IVIS), inoculando soro sanguíneo em culturas celulares, ou por meio de sorologia, sendo este o procedimento utilizado para saber se o paciente é portador do vírus da dengue.

Quanto ao tratamento, em caso de confirmação de dengue, o recomendado é que o paciente fique em repouso total e beba bastante líquidos, INCLUSIVE SORO CASEIRO. É de suma importância evitar a automedicação, pois os remédios mais comumente usados pelas pessoas são os ácidos acetilsalicílicos (AAS), como a Aspirina, além de outros anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), geralmente utilizados em situações em que haja febre. Estes fármacos são extremamente contra-indicados por facilitarem processos hemorrágicos.

DENGUE HEMORRÁGICA

Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta:· Dores abdominais fortes e contínuas. Vômitos persistentes; Pele pálida, fria e úmida; Sangramento pelo nariz, boca e gengivas; Manchas vermelhas na pele; Sonolência, agitação e confusão mental; Sede excessiva e boca seca; Pulso rápido e fraco; Dificuldade respiratória; Perda de consciência.

Na dengue hemorrágica o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, podendo levar a pessoa à morte em até 24 horas. De acordo com estatísticas do Ministério da Saúde, cerca de 5% das pessoas com dengue hemorrágica morrem. O objetivo do Ministério é que esse número seja reduzido a menos de 1%.

UMA PRAGA QUE SE DISSEMINA COM MUITA RAPIDEZ

Uma simples tampinha de refrigerante que se joga no chão é um criadouro de larvas em potencial. Sugiro que sejamos chatos, caretas e carolas quanto a isso, pois a situação é feia. Muito feia. Vivemos simplesmente a maior epidemia de dengue de todos os tempos, superando a de 2002. A situação é grave, ainda que o napoleônico prefeito do Rio de Janeiro tente convencer-nos do contrário.

As autoridades constituídas levaram um tempo trocando acusações entre si, nas três esferas: municipal (Rio de Janeiro), estadual e federal. Nesse meio tempo, as pessoas pobres, desamparadas e a mercê de um caótico sistema público de saúde foram dando entrada nos hospitais que ainda tinham vagas. Outras, com menos sorte, acabaram por falecer diante da troca de acusações dos que estão a salvo dos focos de transmissão, numa sala com ar condicionado e usando ternos bem cortados.

Convém, contudo, lembrar que o povo, apesar de estar com toda razão ao reclamar, pois o serviço público de saúde É RUIM SIM, tem a sua parcela de culpa, ainda que diminuta. Durante esses quase 25 anos em que me entendo por gente, vi muitas campanhas de combate ao mosquito da dengue sendo veiculadas na grande mídia, bem como em paredes de unidades de saúde e hospitais. Então, por que razão estamos batendo um triste e lamentável recorde? Porquê toda essa situação de caos generalizado? Perguntas que demorarão, e MUITO, a serem respondidas. Por hora nos resta pôr areia em nossos pratinhos de plantas e pedir a Ajuda Divina. E se possível, VOTAR DECENTEMENTE EM OUTUBRO!!!
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IMPRENSA

COMENTÁRIO DE ARNALDO JABOR (TV GLOBO) EM 20 DE MARÇO DE 2008:


MATÉRIA DO RJTV (TV GLOBO) DE 20 DE MARÇO DE 2008:


MATÉRIA DO ESPAÇO PÚBLICO (TV BRASIL) DE 21 DE MARÇO DE 2008:


MATÉRIA DO JORNAL NACIONAL (TV GLOBO) DE 25 DE MARÇO DE 2008:


MATÉRIA DO PROGRAMA BALANÇO GERAL - PARTE 1(TV RECORD) DE 27 DE MARÇO DE 2008:


MATÉRIA DO PROGRAMA BALANÇO GERAL - PARTE 2(TV RECORD) DE 27 DE MARÇO DE 2008:



Cabral: parada de hospital não impede combate à dengue

Cesar Maia reconhece falhas na prevenção da dengue na cidade

Há mais mortes e casos de dengue que os notificados, diz ministro


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REFERÊNCIAS:

1. SERUFO, José Carlos et al . Dengue: a reappraisal. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. , Uberaba, v. 33, n. 5, 2000 . Disponível em: . Acesso em: 29 Mar 2008. doi: 10.1590/S0037-86822000000500008


2. http://pt.wikipedia.org/wiki/Oswaldo_cruz (ACESSADO EM 29 DE MARÇO DE 2008)

3. http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Vacina (ACESSADO EM 29 DE MARÇO DE 2008)

4. http://pt.wikipedia.org/wiki/Dengue (ACESSADO EM 29 DE MARÇO DE 2008)

5. http://portal.saude.gov.br/portal/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=23620&janela=1 (ACESSADO EM 29 DE MARÇO DE 2008)

quinta-feira, 20 de março de 2008

Joelho de Porco

Aqui vão 3 pedradas do Joelho de Porco, diretamente de alguma galáxia perdida nos anos 70:

SÃO PAULO BY DAY (TROMBADINHAS)


RAPÉ

RIO DE JANEIRO CITY


SOBRE A BANDA

Um dos grandes nomes do rock-humor brasileiro (“amadrinhado” pela cantora Aracy de Almeida) e precursor da atitude punk, o grupo paulistano Joelho de Porco foi formado em 1972 por Tico Terpins (ex-Os Baobás), Walter Baillot, Próspero Albanese, Conrado Assis e Rodolfo Ayres Braga. Em 1973, com o vocalista (e ator) Ricardo Petraglia, gravou o compacto simples “Se Você Vai de Xaxado, Eu Vou de Rock And Roll/Fly America”, produzido pelo ex-Mutantes Arnaldo Baptista. Dois anos depois, o Joelho lançou seu primeiro LP, “São Paulo 1554/Hoje”, um dos mais elogiados discos do pop da época, misturando rock pesado e referências tropicalistas em faixas como “Boeing 723897” e “Mardito Fiapo de Manga”. Em 1976, entrou o vocalista argentino Billy Bond, com quem a banda partiria para uma linha mais agressiva, próxima do punk rock que explodia naquela mesma época na Inglaterra. Em 1977, o Joelho gravou LP homônimo e, pouco tempo depois, encerrou suas atividades. Tico Terpins partiu para o mercado dos jingles publicitários, montando o estúdio Audio Patrulha. Com Próspero e o cantor e compositor Zé Rodrix (ex-Sá, Rodrix e Guarabira), ele logo remontou o Joelho, que voltou ao disco em 1983 com o LP duplo “Saqueando a Cidade”, das músicas “Vigilante Rodoviário”, “Vai Fundo” e “Funicoli, Funicolá” (versão roqueira da tradicional canção italiana). Com o vocalista e fotógrafo David Drew Zingg, a banda ganhou o prêmio de melhor letra do Festival dos Festivais da TV Globo (1985) por “A Última Voz do Brasil”. Em 1988, o Joelho de Porco lançou o LP “18 Anos Sem Sucesso”, com repertório do pop americano pré-rock. Em 1998, Tico Terpins morreu de enfarte.

FONTE: http://cliquemusic.uol.com.br/artistas/joelho-de-porco.asp

quarta-feira, 19 de março de 2008

FÚRIA JOVEM DO BOTAFOGO: 53° CANIL NA ÁREA!!!!!


Essa é pros amigos botafoguenses de Teresópolis: Está sendo implantado na cidade o 53º canil da FJB. É a Fúria, Mané!! Agora também em Terê!!!








ÉTICA, RESPEITO, ATITUDE: FÚRIA NOVA ERA!!!!

"E ninguém cala, esse nosso amor,
E é por isso que eu canto assim,
Por ti, Fogo!!!!!!"

quarta-feira, 5 de março de 2008

Claudia Leite: A maior enganação da década.

Claudia Leite: guitarras personalizadas e sensualidade

Final dos anos 90. O gênero que aparecera no fim da década anterior, representado por nomes como Sarajane, Luiz Caldas, Chiclete com Banana e Cid Guerreiro, chega ao seu ápice, com uma nova fornada de artistas, como Cheiro de Amor e Banda Eva. Esta última, chegou às vendagens astronômicas entre 98 e 99, puxadas pelo carisma de sua cantora, Ivete Sangalo, que logo logo sairia dali para seguir carreira solo. Carreira solo esta que foi incentivada por muitos músicos conceituados que perceberam o seu talento, como por exemplo, Herbert Viana, compositor de dois de seus grandes hits, as baladas "Se eu não te amasse tanto assim" (parceria com Paulo Sérgio Valle) e "A lua q te dei". No entanto, é quase impossível a convivência entre talento e showbussiness desenfreado. Em 2002, a música "Sorte Grande" (aquela da poeira), foi a mais tocada do ano, tendo sido a trilha sonora do Pentacampeonato da Seleção. Em suma, nada mais do que uma mirabolante jogada de marketing.

Ivete: perdendo-se em repertório esdrúxulo

A partir daí o irregular repertório de Ivete, bem como a sua carreira, descambou de vez para a música comercial, no pior sentido possível. Inclusive com a gravação de dois cds/dvds ao vivo por duas emissoras de música concorrentes (MTV e Multishow). E a baiana continua a lotar estádios e feiras agropecuárias por onde passa, além das micaretas mil que assolam todos os cantos do país, numa espécia de "baianização" da cultura do país.

E foi exatamente essa tal "baianização" que levou Claudia Leite, uma xerox mal feita de Ivete Sangalo a pedir, no Rio Grande do Sul, um dos estados mais orgulhosos de sua cultura local, que os presentes a seu show transformassem naquele momento, o RS em Bahia. Resultado: Uma vaia histórica. Se fosse no Rio de Janeiro, todos iriam quicar no chão, em meio a uma passividade cultural gigantesca. Todos querem ser a Bahia, menos o RS. A "baianização" virou um grande negócio.

A baiana da vez durante apresentação em uma mikareta

Claudia adota a linha 'sexy symbol': potencial ela tem


Claudia Leite, além de uma xerox mal feita, é o maior produto de mídia da década. Apareceu junto com o seu grupo, Babado Novo, tocando numa guitarra (?!) uma cover do Led Zepellin (?!?!) e outra do Roberto Carlos (?!?!?!), em meados de 2003. Ao alcançar o sucesso total na época, logo mudou a postura e passou a fazer o tipo "gostosona", usando roupas curtíssimas e fazendo caras e bocas, dizendo-se, com todas as letras, "a mais gostosa do mundo". Enfim, humildade não consta do seu dicionário. E agora, numa armação jamais vista, sai de sua banda, que continuará acompanhando-a. Entendeu? Nem eu... mas vida que segue. A coisa é de ordem financeira. Claudia é um produto fabricado em escritório de gravadora, para o consumo de uma geração alienada e abobalhada, que só gasta dinheiro se for pra "zoar". São capazes de gastar rios de dinheiro para ir a micaretas e gravações de dvd, como ocorreu recentemente com a mesma Claudia, na praia de Copacabana, numa tentativa frustrada de bater o recorde de dois anos atrás, dos Rolling Stones. Presunção pouca é bobagem. Uma amiga me chamou para ir nesse sohw, ao que respondi educadamente "Não, obrigado", para depois pensar comigo mesmo: "ainda me resta juízo". As pessoas não percebem o grande circo de fajutices que nos rondam há anos. Tudo é armado, tudo é manipulado. Tudo que a atual geração valoriza é superficial, vazio e sem razão de ser, a não ser a razão do consumismo exacerbado e da ganância da grande mídia, que vem exatamente ao encontro da passividade irritante de uma geração perdida. Tudo isso sob as ordens que partem dos trios elétricos: "Vamos sair do chão, galeraaaa!!!".

sábado, 1 de março de 2008

Final da Taça GB e seus desdobramentos: a indignação de outras torcidas

TRANSCREVO PARTE DE UM ARTIGO REDIGIDO POR UM VASCAÍNO, MAS QUE RETRATA MUITO BEM A ATUAL SITUAÇÃO VIGENTE NO BRASIL, MAIS PRECISAMENTE NO RIO DE JANEIRO, A RESPEITO DAS IRRESPONSABILIDADES COMETIDAS PELAS ORGANIZAÇÕES GLOBO:

Essa é a lei! A lei é fazer média, é agradar a maioria, é mentir em favor da lucratividade, do império da comunicação de massa, das bancas de jornal em festa!
Essa voz parece querer avisar à mãe do João Hélio, às famílias das vítimas de bala perdida, ao Dr. Lídio Toledo e a tantos outros acometidos por tragédias brasileiras que “é assim mesmo”, que “não adianta chorar”. Não adianta reclamar contra a injustiça, protestar, mostrar que não é alienado nem idiota, demonstrar indignação. Em nosso país, o cidadão de bem que protesta, que demonstra indignação contra o roubo, a sujeira, a manipulação ou a falcatrua, é considerado tolo, bobo, demente. A ditadura, hoje, não é mais militar: é consentida pelos veículos de comunicação e seus arautos, que reiteram o discurso que lhes dá maior rentabilidade. A nova lei é essa! “É proibido chorar”! Independente da sua insatisfação, você tem que engolir, aturar a provocação. A massa em êxtase proclama e impõe a sua verdade como verdade absoluta. “Azar de quem não se junta a nós” – ela sentencia. É por isso que a mídia, que não pode jogar com “o azar”, junta-se a ela e a promove.

Antropologicamente falando, a “dança do creu” é o complemento perfeito. Apresenta em suas características elementos de pornografia, agressividade, escárnio, possessão e violação. Lembra uma frase clássica de Guimarães Rosa em seu Grande Sertão: “o diabo na rua, no meio do redemunho”.

Para completar a metáfora carnavalesca, nada melhor que a figura do anti-herói, a “demonização do sujeito”, que agride e sai impune. Tal qual “povo de rua”, ele se manifesta com deboche, picardia, desprezo e desrespeito aos outros. A figura do atacante Souza agredindo o goleiro do Botafogo para tomar a bola, xingando os outros e debochando até hoje dos adversários é isso: a perfeita manifestação da perversidade como valor aceitável para uma sociedade que ama a transgressão.E isso dá capa de jornal! E vende muito!

Confesso a todos vocês que não posso acreditar em onze homens e um dirigente chorando numa coletiva de imprensa como fato patético, tão somente. A situação até sugere essa interpretação, mas acho que ninguém se expõe por tão pouco!

Eu vi as papeletas amarelas, eu vi a Copa União, eu vi a máfia do apito no Brasileirão 2005, eu vi a Justiça atestar a fraude nas eleições do Vasco e decidir (embora sem data) um novo pleito. Infelizmente para os mancomunados, eu não nasci ontem. E tem muita gente que não nasceu também.

O que eu percebo é que, neste jogo de cartas marcadas, tem muita gente perdendo a lisura e o respeito, por assinar colunas publicamente em grandes veículos de comunicação, e fazer média, desempenhando muito mal o papel de jornalista ou comentarista. Que vendam seus jornais e suas almas ao diabo... eu sou diferente! Estou no meu livre arbítrio e no meu direito constitucional de emitir a minha opinião.

Com todo respeito e com a devida licença pelo uso do termo chulo... tomei nojo deste Campeonato Carioca 2008 depois de ver a decisão da Taça Guanabara!

Nojo dos personagens, nojo do desfecho, nojo da sordidez, nojo da impunidade, nojo da falta de seriedade, nojo da vista-grossa da imprensa.

O Campeonato Carioca deste ano está muito “brasileiro” para o meu gosto...





DISPONÍVEL NA ÍNTEGRA EM: http://www.supervasco.com.br/colunas/-e-proibido-chorar-1143.asp