sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

A Pimentinha sai de cena

Elis Regina foi, e ainda é, a maior cantora que já houve nesse país. Trafegou por diversos estilos e correntes da música popular brasileira, e em todos deixou sua marca registrada: a interpretação visceral. Elis passou pelo iê-iê-iê, ainda na adolescência, embora esta seja uma fase obscura de sua carreira. O grande estouro se deu quando defendeu "Arrastão", de Edu Lobo e Vinícius de Morais. Daí então lançou inúmeros compositores, como Milton Nascimento (a aproximação com o pessoal do Clube da Esquina), Belchior, Ivan Lins (outro egresso de festivais), Guilherme Arantes (ex-integrante do progressivo Moto Perpétuo, que iniciava carreira solo nos anos 70 e que se consagraria também num festival, com Planeta Água, em 1981), entre outros. Também gravou com muita gente, desde Adoniran Barbosa até o clã dos Borges, mineiros do bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte. Clã este que tem dois elementos fundamentais na história do Clube da Esquina: Márcio e Lô Borges. E é justamente uma canção de autoria de Lô, em parceria com Ronaldo Bastos, que aparece como o último momento de Elis Regina registrado para a posteridade: O Trem Azul. Antes ela canta "Se eu quiser falar com Deus". Apreciem!!

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